O Glaucoma é uma doença ocular que pode levar à cegueira irreversível e é problema grave que 41% dos brasileiros desconhece.
Esta constatação faz parte dos resultados de uma pesquisa realizada pelo IBOPE, no contexto do Programa “Um olhar sobre o Glaucoma”. A iniciativa, que partiu da Sociedade Brasileira de Glaucoma e da Pfizer, investigou a situação desta doença no país.
Na ocasião foram entrevistados 2.700 brasileiros maiores de 18 anos, moradores do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Pernambuco, Ceará Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Também foi verificado que muitas pessoas só buscam cuidados médicos quando sentem a perda da visão. E 10% nunca se preocupou em buscar o oftalmologista.
Por tudo isso, informar-se de alguma forma sobre os problemas que podem afetar a visão é de grande relevância. O Glaucoma tem levado muita gente à cegueira, em muitos casos, por falta de cuidado adequado, na hora certa.
Aqui neste post, conversamos sobre isto. Você poderá compreender o que é, quais são os sintomas, os tipos, saber sobre os tipos tratamentos e conhecer fatores de risco da doença. E então, se quer descobrir mais sobre o Glaucoma, fique por aqui.
Segundo a Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, Glaucoma é uma doença dos olhos, que não tem cura, causada por aumento da pressão ocular. É capaz de levar à cegueira irreversível se não for tratada corretamente.
Esta doença ocorre quando a pressão alta no olho danifica o nervo óptico, provocando perda de campo de visão. Por se tratar de uma perda gradativa da irrigação sanguínea do nervo que transmite o que enxergamos para o cérebro, essa lesão é irreversível, e obviamente, o uso de óculos não resolve a questão.
Entre os principais fatores de risco, encontramos
- Hereditariedade – Quer dizer que pode ser herdado dos familiares; Em torno de 6% dos pacientes afetados têm algum familiar com
- Diabetes – Doença que altera a taxa de açúcar sanguínea, pode levar a desenvolver Glaucoma. São muitos os casos de cegueira por Glaucoma em diabéticos.
- Trauma ocular – Pancadas, acidentes e agressões que atingem o olho podem elevar de maneira temporária ou até mesmo definitiva a pressão intraocular.
- Envelhecimento – O envelhecimento, por si só, já é um fator de risco para o Glaucoma.
- Hipertensão arterial – existe uma relação maior de pacientes hipertensos e portadores de Glaucoma (embora sejam doenças completamente diferentes).
- Raça – Os estudos mostram que existem mais negros com glaucoma, em comparação a brancos e pardos.
Aqui vem a frase mais importante desse post: Glaucoma, na maioria dos casos, não dói, não ocasiona “sensação de pressão nos olhos”, e nem qualquer outro sintoma; além disso, sua perda de visão inicial não é percebida pelo paciente. Assim, quando a doença começa a se manifestar, o estado já é avançado. Vale orientar novamente, que as perdas ocasionadas pelo Glaucoma são irreversíveis.
Por esses fatores, é importante não deixar para consultar o Oftalmologista somente quando sentir dificuldade visual. Nossos olhos necessitam de zelo constante, que vão além do uso de óculos. É preciso estar sempre atento aos menores sinais.
Como é diagnosticado o Glaucoma?
Na consulta, o oftalmologista durante sua entrevista, inicia a busca por fatores genéticos, doenças existentes e outros sinais que podem sugerir maior risco do paciente portar a doença.
Durante seu exame clínico oftalmológico, pode-se observar, através de exame de fundo de olho e da pressão ocular, evidência da doença.
A partir daí, devem ser solicitados exames que auxiliam o profissional no diagnóstico do tipo de Glaucoma, e o melhor tratamento para cada paciente.
Exames complementares para Glaucoma
- Exame de pressão do olho ou Tonometria
Essa medida da pressão ocular deve ser feita em diferentes momentos do dia, pois ela pode variar, dentro do mesmo indivíduo de acordo com o momento (manhã, tarde, noite…). Em alguns casos, o profissional também faz avaliação com o paciente de bexiga vazia e bexiga cheia, pois alguns estudos mostram que há essa interferência.
- Avaliação do campo visual ou Perimetria
Alguns pacientes são submetidos ao exame de campo visual, com o objetivo de avaliar se há perda de visão periférica do paciente. Esse exame é feito e interpretado por um computador, e é de muita utilidade clínica.
- Paquimetria
Certifica a exatidão da leitura da pressão intraocular, pois a pressão ideal é invidualizada em cada paciente.
- Gonioscopia
De maneira simplória, explicamos esse exame como um método para avaliar o sistema de drenagem do olho. Assim, uma “falha nessa drenagem” pode gerar o aumento da pressão ocular, e um tratamento direcionado a essa alteração merece maior atenção.
- Tomografia de Coerência Óptica
A oftalmologia já dispõe desse moderno método de avaliação de fases muito inicias do glaucoma, onde conseguimos avlaiar as camadas iniciais do olho, por meio de um equipamento moderno, e detectar pacientes com Glaucoma, que podem não ter alterações em outros exames.
Atenção: O Glaucoma pode acometer adultos, crianças, e até recém-nascido. Por isso, é fundamental o exame completo também nos pequenos !!!!
Como tratar o Glaucoma?
Assim que identificado, deve-se proceder ao tratamento sem demora. O oftalmologista decidirá qual a melhor opção de tratamento , conforme o tipo de glaucoma e avanço da doença.
O tratamento pode ser feito por meio de colírios, comprimidos, laser ou até mesmo cirurgia. Dentre essas opções, não há uma alternativa melhor que a outra – de acordo com o tipo e a gravidade da doença, é escolhido um método e acompanhado.
Mesmo quando o paciente é submetido a cirurgia, a doença não é curada. O objetivo deste procedimento é controlar a pressão por longos períodos, diminuindo a necessidade do colírio. Geralmente é reservada para casos extremos, e o paciente deve continuar rigorosamente seu acompanhamento médico.
Glaucoma é uma doença sem cura, porém, a sua evolução pode ser evitada. Segundo o IBGE , a proporção de brasileiros com o problema já passa de 1 milhão de pessoas. A notícia boa é que, diagnosticado a tempo, a doença é tratável e a prevenção de cegueira tem um grande sucesso. Por isso, procure regularmente o oftalmologista de sua confiança.
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